quarta-feira, 27 de junho de 2012

KITE 4 LINHAS

A vantagem dos kites de 4 linhas é a possibilidade de ajustar o ângulo de ataque do kite em relação ao vento a qualquer momento, inclusive durante os saltos em pleno ar!! Assim você consegue andar em faixas de vento maiores e dominar melhor o kite nas rajadas.
Para usar um kite 4 linhas, o praticante deve entender o mecanismo e praticar por algum tempo para que o controle seja feito automaticamente, sem ter que parar para pensar!!
Outra vantagem do kite de 4 linhas é seu grande poder de orça (ganhar altura no vento) e total controle nos saltos e vôos.
Ilustrações de Newton Verlangieri
1 Uma experiência clássica para entender como funciona um kite de 4 linhas é colocar a mão aberta para fora da janela de um carro em movimento.
2 As linhas centrais presas no gancho do trapézio pelo chicken-loop trazem a parte dianteira do kite (bordo de ataque) para baixo ou para cima, modificando seu ângulo de ataque no vento, ajustando sua potência e posição na janela de vôo
3 Use o loop central engatado no trapézio para :
Empurrar a barra (soltando)= acelerar o kite que voa para a lateral da janela (menor tração). 
Puxar a barra=frear o kite, que se posiciona no meio da janela (maior tração)
4 Puxando toda a barra, o kite está freado, dando máxima tração e se posicionando mais no meio da janela.
5 Soltando a barra engatado no loop, com o kite acelerado e no final da janela. O ângulo do conjunto kitesurfista/kite e a eficiência de vôo do kite favoreçem a orça.

SALTO

Em cada esporte, existe um fato que mais impressiona. Com certeza no kitesurf, o que mais chama a atenção são os saltos e vôos que podemos fazer.
Assim que o praticante já está orçando com segurança e dominando o controle do kite, entendendo bem o posicionamento deste nas zonas de power, é hora de começar a tentar os saltos.
É recomendado que o aprendizado seja passo a passo, começando com pequenos saltos para entender o mecanismo e pegar o timing ideal. Depois você vai tentando saltos maiores, mais longos e então é praticar para melhorar cada vez mais.
Para um salto perfeito, o TIMING é tudo. Ao aterrisar, se você abaixa o kite muito cedo, você aterrisa com muito impacto. Se demora a abaixá-lo, aterrisa sem velocidade e a prancha afunda.
1 Mantenha o kite no alto, tracionando na posição de 10hs (12hs corresponde ao neutro). Puxe a barra (no kite de 4 linhas) para conseguir bastante pressão. Crie o máximo de tensão, cravando mais a prancha na água e orçando. Mantenha o corpo com boa postura, quadris para frente, peito deitado para trás, pois você começará a ser puxado para frente e para cima. Dica: Não segure por muito tempo a cravada, porque senão você acaba perdendo velocidade e força.
2 Ao sentir que a pressão é tão grande a ponto de ficar difícil de segurar, posicione o kite rapidamente para a posição de 12hs (ou 11hs para um salto mais radical) e pule, usando a força das pernas no timing correto para ir mais alto. Lembre-se de segurar as alças com os pés, para que a prancha decole junto e não se solte no ar. Dica: Não se esqueça de usar as pernas para pular, senão o salto sai baixo.
3 Ao subir, puxe a prancha com a perna e posicione-a à sua frente. Comande a barra com a mão da frente, trazendo o kite um pouco à sua frente novamente. Se não fizer isto, você fará um pêndulo e passará à frente do kite, fazendo-o perder sustentação e cair atrás de você. Dica: Não posicione o kite muito para frente, senão você perderá o efeito pára-quedas dele e aterrissará com muita força na água. Faça os primeiros saltos olhando para o kite.
4 Ao pousar, toque a água com a rabeta da prancha primeiro, direcionando o nariz dela no sentido que você está indo. Se você cair de través ou orçado, a prancha irá travar e você cairá para frente. Ao pousar arribado, estabeleça novamente o velejo orçado cavando a prancha para o lado que vc deseja continuar. Para não perder a velocidade (e a prancha afundar), mergulhe rapidamente o kite na zona de power para retomar o velejo. Dica: Olhe para baixo para ver a distância da água e o sentido que você está indo. Cuidado: Se você perder o efeito pàra-quedas e for cair com muita força na água, levante as pernas e aterrisse de bunda. Assim, a prancha não sairá dos seus pés, facilitando a retomada do velejo e evitando lesões no tornozelo ou joelho. Não salte em águas rasas ou perto da praia.

POUSANDO O KITE

O pouso com a ajuda de alguém orientado é sempre mais seguro, porém em certas ocasiões você terá que baixar o kite sozinho.
Normalmente é mais seguro baixar o kite sozinho do que com a ajuda de alguém sem
conhecimento.
Se segurado errado, o kite pode voar para o meio da janela, arrastando-o de maneira perigosa ou a pessoa pode se acidentar com as linhas.
Caso você não se sinta seguro para pousar o kite sozinho, vá até alguém e explique-lhe exatamente como proceder para segurar o kite (segurar firme pelo inflável da frente, não ficar no meio das linhas, etc.).
Gritar de longe para qualquer banhista ajudá-lo é o início de grandes problemas.
Lembre-se: quando pousa o kite sozinho, a chance de dar M... é bem grande, pois durante o tempo que o kite permanecer solto no solo ele pode redecolar e causar um acidente. Todo cuidado é pouco.
1  Na água, em uma área livre, com o leash do kite no pulso, solte a barra para o kite desarmar. Nade até ele segurando apenas uma das linhas (para que paneje como uma bandeira e não redecole). Dica: Treine este movimento em dias de vento fraco.
2 Na beira da água, coloque-o na ponta da janela e baixe-o até que uma ponta do bordo de ataque na água. Ao avançá-lo, ele irá rolar com o borde de ataque para baixo (posição mais defícil para a redecolagem). Corra até ele rapidamente e segure-o.
3 Sem leash: com o kite na lateral e andamento, faça uma curva na prancha em direção ao kite e comande ele para baixo (para cair na água mesmo). Agarre APENAS UMA DAS LINHAS CENTRAIS e puxe-o rápido ao mesmo tempo que nada em sua direção.

ORÇAR

Depois de aprender a controlar o kite e dar as primeiras planadas em cima de uma prancha, o próximo passo a ser conquistado para a total autonomia do kitesurfista é conseguir ganhar altura no vento, ou seja: orçar. Para isso é preciso entender alguns conceitos fundamentais:
Pés
Os pés direcionam e controlam a velocidade da prancha. Mais pressão no pé da frente significa acelerar a prancha e ir a favor do vento (arribar). Mais pressão no pé de trás significa frear a prancha e ir contra o vento (orçar). Normalmente o kitesurfista controla o tempo todo a velocidade e orça, usando o pé de trás, principalmente o calcanhar, que mantém a borda cravada na água e não deixa a prancha derrapar, perdendo altura. O mais importante é que ao frear com o pé de trás, o kite vai para o final da janela, facilitando a orça (veja o capítulo O Kite 4 Linhas).
Tamanho do kite
power do kite é fundamental para a orça. Se você estiver com um kite pequeno, terá que arribar para manter um mínimo de velocidade, além de movimentar o kite para cima e para baixo, perdendo altura no vento. Usando um kite mais potente você terá que deixá-lo mais no final da janela, o que facilitará o ângulo para a orça (veja o capítulo O Kite 4 Linhas). Já um kite grande demais também atrapalha a orça porque puxa o kitesurfista com muita força para frente, dificultando que ele controle a velocidade e mantenha a prancha cravada na água.
Postura
É importante manter a postura correta em qualquer momento do velejo, principalmente quando estiver orçando (veja o capítulo Postura). No caso da postura da orça, seu quadril e peito devem estar virados para a direção do velejo, ou seja, tentando torcer o corpo na direção do nariz da prancha. Uma boa dica é estar com o ombro virado para o kite e o peito para o nariz da prancha. Essa postura faz com que a prancha tenha mais pressão para orçar.
Dicas:
- Domine a orça antes de começar a saltar e fazer manobras. Todas as manobras e saltos fazem o kitesurfista arribar bastante.
- Mantenha o controle da velocidade usando o pé de trás e o Chicken-Loop (se for um kite 4 linhas) e procure deixar o kite mais na lateral da janela onde é mais fácil de orçar.
- Não deixe o kite dominar a situação. Mantenha sempre a força contrária a ele, jogando o corpo para trás e evitando ir na direção do kite. Mostre a ele quem manda e não ceda. Para isso use a postura correta.
- Fique de olho no leque de água que a prancha faz. Quanto maior o leque, mais pressão você está colocando na prancha o que significa mais orça.
- Se começar a perder o controle da velocidade, encoste a bunda na água como freio, para retomar o controle. Alguns segundos com velocidade descontrolada significa muitos metros arribados.
- Se você tem muita dificuldade para orçar mesmo já velejando a algum tempo, tente experimentar outro kite ou prancha. Às vezes você se adapta melhor a um outro tipo de equipamento.
1 altura do kite ideal para orçar é 45 graus da horizontal. Se o kite estiver muito alto o kitesurfista será levantado, dificultando a cravada da borda e fazendo a prancha derrapar para frente. Se estiver muito baixo, requer muita técnica para manter a prancha cravada na água.
2 Mais pressão no pé de trás: Orçar Para manter essa posição, a borda é cravada na água e o kite permanece bem adiantado na janela, controlando-se a velocidade relativamente baixa.
3 Mais pressão no pé da frente: Arribar Aqui o kitesurfista pega velocidade na água, o kite se atrasa na janela dando mais pressão. Evite esta situação quando quiser orçar.

DECOLAGEM

A decolagem do kite é um dos momentos que requer mais atenção do velejador. A grande maioria dos acidentes ocorreram nessa hora ou na hora do pouso, e muitas vezes ocorre por uma falha em algum item de segurança, falta de conhecimento do velejador e posicionamento incorreto na janela do vento.

Para decolar seu kite, você já deve ter feito no mínimo 3 horas-aula com um instrutor qualificado e deve saber identificar os seguintes itens:

- Direção do vento
- Zona de menor pressão
- Bordo de ataque

O kite deve ser decolado por um assistente que deve ser instruido PELO VELEJADOR sobre como deve ajudar . Não peça ajuda de pessoas na praia que não possuem conhecimento sobre o assunto. Lembre-se que a responsabilidade é sua e se for chamar alguém na hora, explique todos os passos antes de seguir em direção a barra e solicitar a decolagem.

Acompanhe no Kiteschool do Kitesurf Mania a melhor maneira de decolar a sua pipa:
1  Tenha sempre a ajuda de um parceiro para segurar o kite na decolagem.
seta vermelha=vento
2 Posicione o kite na lateral do vento. Com o vento batendo nas suas costas, seu parceiro deve segurar o kite à sua direita ou esquerda, e nunca à frente (na direção do vento). O kite deve ser segurado pelo bordo de ataque.
3 Quando você se posicionar corretamente e achar o ângulo correto no vento (as linhas devem estar perpendiculares ao vento e não paralelas) seu assistente pode soltar o kite e você comanda levemente para ele subir.
4  Neste ponto de vista o vento está vindo da esquerda para a direita.
Lembre-se: NUNCA segure nas linhas de vôo.
Sempre agarre o kite pelo bordo de ataque e apenas solte ao comando do velejador.
5  Nesta foto, você vê que o assistente sinaliza para o velejador, perguntando se está tudo pronto (posição correta em relação ao vento, linhas tensionadas e conectadas nas devidas posições) para a decolagem.
6  O velejador sinaliza para o assistente que está tudo correto e que ele já pode soltar o kite para a decolagem.
7  Sempre controle o kite com movimentos leves e vagarosos na barra e mantenha o kite na zona neutra até conseguir entender bem a potência que o kite desenvolve ao voar.

kite

O kitesurf depende totalmente do pleno controle do kite. Costuma-se dizer que 80% do esporte é o domínio do kite. Assim, antes de ir para a água com a prancha, treine bastante o manejo do kite em um local com pouco vento e livre de obstáculos, pessoas e animais. Na fase de treinamento, coloque pouca pressão nos infláveis do kite (o suficiente para lhes dar forma e uma certa rigidez).
Ilustrações de Newton Verlangieri
Decolagem
Segure com a mão uma fita ou tira de papel e identifique a direção do vento. Antes da decolagem, assegure-se de que as linhas estão totalmente desembaraçadas esticando-as totalmente. Decole o kite em uma das laterais da janela (área de menor pressão), com a ajuda de alguém. Oriente o seu ajudante a segurar firmemente o kite pelo meio do bordo de ataque (onde fica o inflável principal do kite) de frente para o vento e só solta-lo ao seu comando. A pessoa deve ficar para trás do kite e se afastar após sua decolagem.
Cuidado! Se soltado no meio da janela, o kite irá traciona-lo fortemente de maneira perigosa e descontrolada.
O pouso é exatamente o mesmo procedimento, porém ao contrário (zona neutra, canto da janela e ajudante segurando firmemente no meio do bordo de ataque).
Exercício 1
Em vento fraco, posicione lentamente o kite no ponto neutro (acima de sua cabeça).
Comece a fazer o kite se movimentar da esquerda para a direita, sem descer até a área de maior pressão.
Cuidado! Apesar de ser cômodo, jamais engate a barra no trapézio em terra. Você pode ser levantado e/ou arrastado por um vento mais forte e não conseguir se soltar, arriscando a ser jogado contra obstáculos.
Mantenha seus braços estendidos e relaxados para não cansá-los. A maneira correta de comandar o kite é puxar um dos lados da barra para você e deixar o outro totalmente relaxado, aplicando assim uma diferença de comprimento nas linhas.
Dica: Torcer a barra como um volante de carro é errado!! Você estaria apenas torcendo as linhas, o kite não vai comandar nada.
Exercício 2
Após dominar o primeiro exercício, ainda em vento fraco, comece a fazer o kite se movimentar em "8" na área de maior pressão.
Sinta como o kite traciona em certos movimentos e posições da janela.
A sensibilidade adquirida com este exercício vai ser fundamental, quando for usar a prancha na água.
Com o vento mais forte, você será arrastado nas descidas diagonais do kite. Levante as pontas dos pés e deslize na areia. Este é um bom exercício para você desenvolver o sentido de equilíbrio, reagindo com seu peso para trás no momento certo e se familiarizando com a tração do kite.
Dica: Ao ser arrastado, mantenha o controle do kite e não corra em direção a ele, pois isso fará com que ele perca a sustentação e caia. Você deve reagir a tração do kite com seu peso para trás (lembra da AÇÃO e REAÇÃO?)
Cuidado! Se você estiver sendo puxado fortemente para cima com o kite na zona neutra, pouse-o e espere que o vento diminua.
Exercício 3
Com o vento fraco, deite-se na areia, mergulhe o kite diagonalmente e simule a saida com a prancha (waterstart).
Exercício 4
Com o vento fraco, entre na água até a cintura e com a barra engatada no trapézio, treine comandar o kite com apenas uma mão na barra. Após praticar bastante, faça o mesmo exercício sem olhar para o kite, apenas sentindo sua posição pela barra. Você vai precisar dominar esta técnica para controlar o kite, segurar a prancha e posicioná-la ao mesmo tempo.
Dica: Na posição neutra, mantenha o kite sempre se movimentando em pequenos zig-zags, para que ele não avance demais e caia atrás de você.
Praticando o kitesurf
Com a prancha na água e o kite na posição neutra, escolha um lado livre de obstáculos para sair. Posicione a prancha e encaixe seus pés nas alças. Mantenha sempre o controle da barra.
Dica: Para facilitar, escolha um local raso e sem ondas.
Com os pés encaixados, faça um pequeno "8" para o lado oposto que você vai sair, com o kite no alto para ser ligeiramente levantado da água
Em seguida, mergulhe o kite diagonalmente na direção em que aponta o bico da prancha => Você começará a deslizar na água (planar).
Volte a trazer o kite para cima e mergulhe-o novamente. Se você demorar a fazer isso e o kite for muito para o canto da janela, ele vai perder potência e você irá parar.
Dica: Aponte a prancha um pouco para a frente (arribada), para adquirir uma certa velocidade e vire-a transversalmente ao vento (través). Não deixe a prancha correr muito para a frente, pois o kite perderá potência e cairá.
Dica:
Para ganhar mais velocidade, movimente o kite para cima (verticalmente) e para baixo (diagonalmente). Ao adquirir a velocidade ideal, diminua a frequência dos movimentos, diminuindo o ângulo da descida diagonal.
Dica: Tente manter uma velocidade constante e moderada. Pouca velocidade, a prancha afunda. Muita velocidade, a prancha fica instável e descontrolada.

Como o kitesurf é um esporte que envolve o uso do vento (para voar o kite e gerar tração) e da água (para navegar com a prancha), é fundamental que o aluno entenda os conceitos básicos de velejo. Nesta lição você aprende as direções de velejo em relação ao vento. É possível navegar perpendicular ao vento (través), a favor dele (arribada) ou com um ângulo contra ele (orça ou contravento). Neste último, navegando em zigue-zague é possível chegar de um ponto a outro com o vento contra.
1  Velejo Arribado (downwind) É o mais fácil, pois se veleja praticamente no sentido do vento. Para voltar é que pega... Dica: Para arribar completamente movimente o kite na zona de potência (fazendo o 8 ou em círculos).

2  Velejo de través (reach) É o velejo perpendicular à direção do vento, indo e voltando no mesmo lugar.

3  Velejo orçado (upwind) É o velejo que exige mais técnica, pois o kitesurfista anda em ângulo contra o vento para ganhar altura. Para chegar de um ponto a outro com o vento soprando contra, o velejador faz um percurso em zigue-zague, sendo que cada trecho chama-se perna. É uma das lições que o aluno aprenderá adiante.

POSIÇÃO DO KITE


Este exercício é importante para entendermos as posições do kite na zona neutra da janela. Para facilitar a comunicação do instrutor com o aluno, usaremos a analogia das horas num relógio. Com o vento pelas suas costas, imagine o kite como o ponteiro de um grande relógio à sua frente, e nas ilustrações abaixo aprenda as posições que você pode voar o kite. Para passar de uma posição a outra, use comandos bem pequenos e movimentação lenta do kite para não puxar muito.
1 12 horas: Totalmente acima da cabeça, é o topo da janela! O kite traciona para cima e levemente para frente. O corpo deve estar relaxado, levemente inclinado para trás para contrabalancear a tração do kite. Relaxe e extenda os braços, apenas usando a força para segurar a barra.
2 11 horas: O kite voa num ângulo à sua esquerda próximo do topo. Agora além de se inclinar para trás, jogue o corpo um pouco para a direita.
3 1 hora:O kite voa como nas 11 horas, só que à direita...desta vez o corpo se inclina para o lado esquerdo.
4 10 horas: O kite voa num ângulo aproximado de 30 graus de altura à sua esquerda, próximo do chão (ou água). Nesta posição ele puxa mais para o lado que para cima, e você tem que contrabalancear esta força inclinando o corpo na direção oposta.
5 2 horas: O correspondente das 10 horas, voando o kite à sua direita.
6 9 horas: É a lateral da janela à sua esquerda. O kite voa próximo do chão (ou água) e puxa totalmente na horizontal. Se o vento estiver muito fraco, é difícil manter o kite voando nesta posição, que é a mesma para pousar à esquerda!
7 3 horas: Equivalente às 9 horas, só que do lado direito da lateral da janela de vento, também pousando o kite.

JANELA DE VENTO

 Teoria do Kitesurf



Chamamos de janela do vento a região em que o kite voa em relação a você. A zona neutra é formada por uma linha que vai desde a sua direita, passando pelo alto até a esquerda, desenhando um arco no céu. A zona de power, ou zona de potência, é formada por toda a região que o kite pode voar de um ponto a outro da zona neutra, passando pela sua frente.
O kite sempre tende a se posicionar em algum ponto da zona neutra, aonde para e fica voando estavelmente sem puxar muito. Para que o kite puxe bastante, basta movimentá-lo dentro da zona de potência. Quanto mais à sua frente ele passar, mais ele puxará.
Dica: Perceba que não apenas a velocidade do vento gera tração, mas também a posição e movimentação do kite.
1  Antes de tudo o iniciante no kitesurf deve entender o vôo do kite e sua posição na janela do vento, que é a área aonde o kite voa.

sexta-feira, 1 de junho de 2012

Os esportes aquáticos são muito praticados pelos brasileiros, principalmente o surf, sendo popular em vários estados e, consequentemente, consagrando vários nessa modalidade. Atualmente existe um esporte que vem se popularizando principalmente entre os amantes de surf, trata-se do kitesurf que se baseia em uma prancha muito parecida com uma prancha de surf e uma pipa que lembra um paraquedas. Essa pipa será a “tração” para fazer com que a pessoa “esquie” por cima d’água, sendo um esporte que requer muita técnica e e conhecimento.
Dicas para escolher kitesurf
Todo o esporte é passível de se aprender sozinho, porém, o auxilio de um instrutor é indispensável para que consigamos desenvolver mais rápido. As escolinhas de kitesurf oferecem todos os equipamentos para que o aluno possa criar experiência antes de investir seu dinheiro em um kitesurf, pois os aparatos necessários para praticar o esporte ainda são muito caros.
1) Tenha em mente de que todo o equipamento de kitesurf deve ser escolhido conforme seu biotipo, que faz referência ao seu tamanho e também a seu peso. Nesses casos a melhor pessoa para lhe indicar um equipamento é seu instrutor, ele conhece os equipamentos que você está utilizando e consequentemente irá lhe indicar mais ou menos o mesmo kitesurf que você está treinando.
2) Escolha entre os dois modelos vendidos no mercado, atualmente são oferecidos modelos parapessoas que queiram fazer mais manobras e um modelo para que gosta de curtir e realmente passear com seu equipamento. Para manobras deve se utilizar o kit modelo C, trata-se de um kite mais arisco que permite seu usuário abusar um pouco mais da velocidade e manobras. Para iniciantes ou pessoas que queiram realmente curtir um “passeio” de kite, o mais utilizado é o kite now, que oferece uma menor pressão e consequentemente uma menor velocidade.
3) Selecione uma prancha que realmente lhe agrade, as pranchas direcional grande, são sempre utilizadas no aprendizado, porém com o tempo o tamanho da prancha tende a diminuir, pois ajuda no desempenho e também facilita nas manobras. Esse “gosto” referente a prancha irá aparecer conforme seu desenvolvimento, com a experiência você irá se adaptar a um modelo e consequentemente essa prancha será escolhida.
4) Saiba qual o tamanho ideal do seu kite, para iniciantes é sempre indicado o tamanho 10 ou 12. Você irá se perguntar: por que devo comprar 10 se vejo pessoas andando com 18? Mesmo com a conclusão do curso, você não terá noção da força imposta pelo aparelho, nesse caso um tamanho menor com certeza é o mais indicado.
Uma dica interessante é que você tome muito cuidado em relação a equipamentos usados, a maioria das pessoas procura economizar na compra. Mas essa economia às vezes pode trazer prejuízo, por isso o equipamento deve ser conhecido por você, caso contrário não invista de forma alguma seu dinheiro.
O tamanho o kite também é muito importante, converse com seu instrutor e peça a realidade referente ao tamanho, também pergunte sobre marcas e qualidade do equipamento. Siga todas as dicas e boa sorte!
 

Manobras

MANOBRAS

As manobras do kitesurf podem ser de três formas: ondas, saltos e de transição. As realizadas nas ondas são parecidas com as manobras dosurfe, porém, o grau de dificuldade é muito maior. As realizadas no ar (saltos) fazem o kitesurfer voar de verdade – alguns vôos chegam a durar quase 10 segundos. Nas manobras de transição o kitesurfer precisa necessariamente mudar a direção que estava seguindo.
Conheça as principais manobras de cada uma delas.




Transição
- Switch TackTail Slide (o kiteboarder pressiona o pé de trás para derrapar e trocar a direção)

- Switch Stance & Carving (mudança de base seguida de cavada para mudar a direção)

- Carving & Switch Stance (cavada seguida de mudança de base para mudar a direção)

- Leading Edge Down Turn (o atleta muda de direção com a pipa voando por baixo)

- Jump & Switch Tack (o atleta dá um pequeno salto para mudar de direção)

- No Hand Tack (mudança de direção sem usar as mãos)

- Back Loop Tack (mudança de direção através de giro vertical para trás)

- One Hand Back Loop Tack (mudança de direção através de giro vertical com apenas uma mão na barra)

- Double Back Loop Tack (mudança de direção com um giro duplo vertical)

- Forward Looping Leading Edge Down (desta vez o giro é frontal e a pipa passa por baixo)

- Aero 360o Upwind Tack (o atleta mantém o corpo ereto e dá um giro horizontal de 360º, mudando de direção)

- 360o With Back Pass Bar (o atleta dá um giro horizontal de 360o e a barra passa pelas costas)


Salto
- Simple (salto simples sem troca de direção)

- Bottom Up (o atleta salta e leva o fundo da prancha para cima e para afrente)

- Grab Back Hand (o atleta salta e mantém a mão de trás na prancha)

- Grab Forward Hand (o atleta salta e mantém a mão da frente na prancha)

- 360(o atleta salta e dá um giro de 360º)

- Back Loop (o atleta salta e dá um giro vertical para trás)

- Forward Looping (o atleta salta e dá um giro vertical para frente)

- Riley (o atleta salta e joga as pernas para trás para que o corpo fique na horizontal)

- 360o With Grab (o atleta dá um giro horizontal segurando a prancha)

- No Hand 360(o atleta dá um giro horizontal sem usar as mãos)

- Double 360(o atleta dá dois giros horizontais seguidos)

- Double Back Loop (o atleta dá dois giros verticais para trás)

- Dead Man (o atleta dá um salto vertical com a cabeça para baixo)

- Double Front Loop (dois giros verticais para a frente)

- Table Top (o atleta levanta o fundo da prancha por um dos lados)

- Kick Front Loop (o atleta dá um giro vertical para a frente chutando as duas pernas para cima)

- Kick Back Loop (o atleta dá um giro vertical para trás chutando as duas pernas para cima)

- Double Table Top (o atleta levanta o fundo da prancha pelos dois lados, um após o outro)

- Same Tack 180o Twist Jump (o atleta inverte a base no ar e pousa com a base anterior)

- Riley with Front Kick (o atleta salta com as pernas para trás deixando o corpo na horizontal e depois dá um chute frontal)




Onda

- Straightforward (cortar a onda)

- Lip Tap ( dar uma batida no lip da onda)

- Floater (surfar atrás do lip da onda e depois volta para ela)

- Tube (entubar)

- Sequence of Manoeuvres (fazer uma sequência de várias manobras)

- Back Loop (dar uma batida no lip da onda e depois dar um giro vertical para trás)

- Aeros (dar um salto que começa e termina na mesma onda)

- 360o (dar um giro horizontal que começa e termina na mesma onda)

- 360with Grab (dar um giro horizontal segurando a prancha)





Manobras do Kitesurf


As manobras utilizadas no kitesurf são uma mistura das feitas no surf, no wakeboard e no windsurf. Essas manobras adaptadas criam novos conceitos e nomes, mas o princípio é o mesmo.
O kitesurf apresenta três tipos de manobras: as de transição, as de salto e as feitas na onda. Para cada uma dessas três opções, existem termos e pontuações diferentes. As de transição são as mudanças de direção feitas pelo atleta.
Com uma manobra desse tipo, o kiteboarder muda a direção que estava seguindo. Já as manobras de salto são feitas no ar e visivelmente são as mais bonitas. Já foram registrados saltos de até sete segundos. É nesse tipo de manobra que o kiteboarder literalmente pode voar.
E por último, também existem as manobras feitas na onda. Geralmente, essas manobras são adaptadas do surf. O grau de dificuldade é alto, já que em caso de queda é perigoso o atleta se enrolar nas linhas do kite. Abaixo, seguem algumas manobras do kitesurf: 
Jibe - Manobra de mudança de direção da prancha, onde o kitesurfista troca as posições dos pés.
Kite Loop - Dar uma volta completa com o kite no ar, durante um salto ou durante o velejo, desenhando a letra O no ar.
Looping - Dar uma volta vertical completa com o próprio corpo durante um salto.
No Whip - Manobra feita usando apenas a velocidade da prancha e a superfície da água ou marolas para saltar. Normalmente, é praticada com o kite a 45 graus. 
Pop - Manobra realizada para a decolagem dos saltos sair mais potente. É um impulso usando a força das pernas com a cravada da prancha, bem na rabeta, em sincronia com o comando do kite. É muito usado em manobras No Whip (sem comandar o kite).
Switch - Manobra em que se gira a prancha, trocando a frente pela traseira, sem alterar a direção do velejo. Normalmente, é feita antes ou depois de uma transição.
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